quarta-feira, 16 de setembro de 2009

MALA DIRETA DO WORD


Microsoft Office Word
Visão geral dos procedimentos de mala direta no Word
Aplica-se a: Microsoft Office Word 2003
Esta é a introdução a uma série de artigos que descrevem as etapas básicas do processo de mala direta, usando cartas modelo como exemplo. É uma ótima oportunidade para ter uma idéia geral do processo. A série inclui:
Após a visão geral, você poderá aprender mais sobre como usar a mala direta para criar etiquetas, envelopes, faxes, mensagens de email e diretórios clicando em um link na caixa Consulte também.
As vantagens da mala direta
A mala direta pode ser usada para criar documentos que são iguais na essência, mas contêm elementos exclusivos. Por exemplo, em uma carta anunciando um novo produto, o logotipo da empresa e o texto sobre o produto aparecerão em cada carta, mas o endereço e a linha de saudação serão diferentes.
Com a mala direta, você pode criar:
Um conjunto de etiquetas ou envelopes: O endereço do remetente é o mesmo em todas as etiquetas ou envelopes, mas o endereço de destino é diferente para cada um.
Um conjunto de cartas modelo: mensagens de email ou faxes. O conteúdo básico é o mesmo em todos os faxes, cartas ou mensagens, mas cada um contém informações específicas do destinatário individual, como nome, endereço ou algum outro dado pessoal.
Um conjunto de cupons numerados: Os cupons são idênticos, exceto pelo número.
Criar cada carta, mensagem, fax, etiqueta, envelope ou cupom individualmente levaria horas. É aqui que entra a mala direta. Com ela, tudo o que você tem a fazer é criar um documento contendo as informações que se repetem em cada versão e adicionar espaços reservados para as informações individuais. O Word cuida do resto.
Inicie o processo de mala direta
Para iniciar o processo de mala direta:
Inicie o Word.
Um documento em branco é aberto por padrão. Deixe-o aberto. Se você fechá-lo, a etapa seguinte não funcionará.
No menu Ferramentas, aponte para Cartas e Correspondências e clique em Mala Direta.
Observação: No Word 2002, no menu Ferramentas, aponte para Cartas e Correspondências e clique em Assistente de Mala Direta.
O painel de tarefas Mala Direta será aberto. Usando os hiperlinks do painel de tarefas, você poderá navegar pelo processo de mala direta.
Dica
Também é possível executar uma mala direta usando os botões da barra de ferramentas Mala Direta (menu Exibir, submenu Barras de Ferramentas, comando Mala Direta). Contudo, enquanto você não estiver familiarizado com o processo, é melhor usar o painel de tarefas.
Etapa 1: Escolher um tipo de documento e o documento principal
A primeira etapa no processo de mala direta envolve duas opções. Primeiro, escolha o tipo de documento no qual você deseja mesclar informações. Em seguida, escolha o documento principal que você deseja usar.
Escolher o tipo de documento no qual você deseja mesclar informações
O painel de tarefas Mala Direta é aberto com uma pergunta sobre o tipo de documento mesclado que você está criando. Depois que escolher, clique em Avançar na parte inferior do painel de tarefas.
Observação Se o suporte para fax estiver configurado no computador e se houver um fax modem instalado, você também terá a opção Faxes na lista de tipos de documentos.
Escolher o documento principal que você deseja usar
Se o documento principal (chamado documento inicial no painel de tarefas) já estiver aberto ou se você estiver começando com um documento em branco, clique em Usar o documento atual.
Caso contrário, clique em Iniciar a partir de um modelo ou Iniciar a partir de um documento existente e localize o modelo ou documento que você deseja usar.
Dica
Quando clica em Iniciar a partir de um modelo e em Selecionar o modelo no painel de tarefas, você abre a caixa de diálogo Selecionar o Modelo. Use-a para abrir um dos muitos modelos instalados com o Word. Também é possível acessar as centenas de modelos disponíveis no site do Microsoft Office Online.
Etapa 2: Conectar-se a um arquivo de dados e selecionar os registros
Para mesclar informações exclusivas no documento principal, você deve se conectar a (ou criar e se conectar a) um arquivo de dados em que essas informações estejam armazenadas. Se você não quiser usar todos os dados no arquivo na mesclagem, escolha os registros que deseja usar.
Conectar-se ao arquivo de dados
Nesta etapa do processo de mala direta, você se conecta ao arquivo de dados em que as informações exclusivas que deseja mesclar nos documentos estão armazenadas.
Se você mantiver as informações completas e atualizadas na sua lista de Contatos do Microsoft Office Outlook®, esse será um excelente arquivo de dados a ser usado para cartas ou emails enviados a clientes. Basta clicar em Selecionar nos contatos do Outlook no painel de tarefas e escolher a pasta Contatos.
Se você tiver uma planilha do Microsoft Office Excel ou um banco de dados do Microsoft Office Access que contenha as informações sobre os clientes, clique em Usar uma lista existente e em Procurar para localizar o arquivo.
Caso você ainda não tenha um arquivo de dados, clique em Digitar uma nova lista e use o formulário que é aberto para criar sua lista. A lista será salva como um arquivo de banco de dados de endereçamento (.mdb) que você poderá reutilizar.
Observação: Se você estiver criando emails ou faxes mesclados, verifique se o arquivo de dados contém uma coluna para o endereço de email ou o número do fax. Você precisará dessa coluna posteriormente no processo.
Escolher os registros no arquivo de dados que você deseja usar
Só porque você se conecta a um certo arquivo de dados não significa que tem a obrigação de mesclar as informações de todos os registros (linhas) desse arquivo no documento principal.
Depois que você se conectar ao arquivo de dados que deseja usar ou criar um novo, uma caixa de diálogo Destinatários da Mala Direta será aberta. Você pode selecionar um subconjunto de registros para a mala direta classificando ou filtrando a lista.
Siga um destes procedimentos:
Para classificar os registros de uma coluna em ordem crescente ou decrescente, clique no título dessa coluna.
Para filtrar a lista, clique na seta ao lado do título da coluna que contém o valor pelo qual você deseja filtrar. Em seguida, clique no valor desejado. Ou, se a lista for longa, clique em (Avançado) para abrir uma caixa de diálogo na qual é possível selecionar o valor. Clique em (Em Branco) para exibir apenas os registros que não contêm informações ou (Preenchido) para exibir somente os registros que contêm informações.
Dica
Após filtrar a lista, você poderá exibir todos os registros novamente clicando na seta e em (Todos).
Desmarque a caixa de seleção ao lado de um registro para excluí-lo.
Use os botões para selecionar ou excluir todos os registros ou para localizar registros específicos.
Dica
Caso você tenha criado o arquivo de dados como parte do processo de mala direta, o botão Editar ficará disponível nessa caixa de diálogo. Você poderá alterar os registros se quiser atualizar o arquivo.
Após a escolha dos registros desejados, você estará pronto para a próxima etapa.
Etapa 3: Adicionar campos ao documento principal
Após a conexão do documento principal a um arquivo de dados, você estará pronto para adicionar campos que indicam onde as informações exclusivas aparecerão em cada cópia do documento que gerará quando mesclar. Para verificar se o Word pode localizar uma coluna no arquivo de dados que corresponda a cada endereço ou elemento de saudação, talvez seja necessário coincidir campos.
Adicionar campos
Se o documento principal ainda estiver em branco, digite as informações que aparecerão em cada cópia. Em seguida, adicione campos clicando nos hiperlinks no painel de tarefas.
Os campos são espaços reservados que você insere no documento principal nos locais em que as informações exclusivas deverão aparecer. Por exemplo, você pode clicar nos links Bloco de endereço ou Linha de saudação no painel de tarefas para adicionar campos próximos à parte superior de uma nova carta de produto, de modo que a carta de cada destinatário contenha uma saudação e um endereço personalizado. Os campos aparecem no documento entre divisas, por exemplo, «Bloco_de_Endereços».
Clique em Mais itens no painel de tarefas para adicionar campos que coincidam com uma das colunas no arquivo de dados. Por exemplo, o arquivo de dados pode incluir uma coluna chamada Observação Pessoal. Ao colocar um campo Observação Pessoal na parte inferior de uma carta modelo, você pode personalizar ainda mais cada cópia. Você pode personalizar até os envelopes adicionando um código de barras postal — se estiver usando a versão em inglês (EUA) do Word — ou postagem eletrônica (se tiver um programa de postagem eletrônica instalado).
Coincidir campos
Se inserir um campo de bloco de endereços ou de linha de saudação no documento, você receberá uma solicitação para escolher o formato de sua preferência. Por exemplo, a ilustração mostra a caixa de diálogo Linha de Saudação que é aberta quando você clica em Linha de saudação no painel de tarefas. Use as listas em Formato da linha de saudação para fazer suas escolhas.
Se o Word não puder coincidir cada elemento de saudação ou endereço com uma coluna do arquivo de dados, os endereços e as linhas de saudação não serão mesclados corretamente. Para ajudar a evitar problemas, clique em Coincidir Campos. A caixa de diálogo Coincidir Campos será exibida.
Os elementos de um endereço e saudação são listados à esquerda. Os títulos das colunas do arquivo de dados são listados à direita.
O Word procura a coluna que concide com cada elemento. Na ilustração, o Word coincidiu automaticamente a coluna Sobrenome do arquivo de dados com Sobrenome. Mas o Word não pôde coincidir outros elementos. Com esse arquivo de dados, o Word não pode coincidir Nome ou Endereço 1, por exemplo.
Ao usar as listas à direita, você pode selecionar a coluna do arquivo de dados que coincide com o elemento à esquerda. Na ilustração, a coluna Nome agora coincide com Sobrenome, e a coluna Endereço coincide com Endereço 1. Tudo bem se Título Honorífico, Empresa e Nome do Cônjuge não coincidirem, porque não são relevantes nos documentos sendo criados.
Quando terminar de adicionar e coincidir campos no documento principal, você estará pronto para a próxima etapa.
Etapa 4: Visualizar a mesclagem e concluí-la
Quando terminar de adicionar campos ao documento principal, você estará pronto para visualizar os resultados da mesclagem. Quando a visualização estiver satisfatória, você poderá concluir a mesclagem.
Visualizar a mesclagem
Você pode visualizar os documentos mesclados e alterá-los antes de concluir a mesclagem realmente.
Para visualizar, siga um destes procedimentos:
Percorra cada página do documento mesclado usando os botões Avançar e Anterior do painel de tarefas.
Para visualizar um documento específico, clique em Localizar um destinatário.
Clique em Excluir este destinatário se você não quiser incluir o registro visualizado.
Clique em Editar a lista de destinatários para abrir a caixa de diálogo Destinatários da Mala Direta, na qual será possível filtrar a lista se você encontrar registros que não queira incluir.
Clique em Anterior na parte inferior do painel de tarefas para voltar uma ou duas etapas caso você precise fazer outras alterações.
Quando você estiver satisfeito com os resultados da mesclagem, clique em Avançar na parte inferior do painel de tarefas.
Concluir a mesclagem
O que você fará agora depende do tipo de documento sendo criado. Caso esteja mesclando cartas, você poderá imprimi-las ou modificá-las separadamente. Se você optar por modificá-las, o Word as salvará em um único arquivo, com uma carta por página.
Independentemente do tipo de documento sendo criado, você poderá imprimir, transmitir, ou salvar todos ou apenas um subconjunto dos documentos.
Dicas sobre emails
Se você estiver criando emails mesclados, o Word enviará as mensagens imediatamente após a conclusão da mesclagem. Portanto, depois de escolher as mensagens a serem enviadas, você receberá uma solicitação para indicar a coluna no arquivo de dados na qual o Word poderá localizar os endereços de email dos destinatários. Você também deverá digitar uma linha de assunto para a mensagem.
Lembre-se de que os documentos mesclados salvos são separados do documento principal. É uma boa idéia salvar o próprio documento principal se você tiver planos de usá-lo para outra mala direta.
Quando salva o documento principal, além de seu conteúdo e campos, você também salva sua conexão com o arquivo de dados. Na próxima vez em que abrir o documento principal, você deverá escolher se deseja que as informações do arquivo de dados sejam mescladas novamente nesse documento principal.
Clique em Sim para abrir o documento com as informações do primeiro registro mescladas. Se abrir o painel de tarefas (menu Ferramentas, submenu Cartas e Endereçamento, comando Mala Direta), você está na etapa Selecione os destinatários. Clique nos hiperlinks no painel de tarefas para modificar o arquivo de dados de modo a incluir um conjunto diferente de registros ou para se conectar a outro arquivo de dados. Em seguida, clique em Avançar na parte inferior do painel de tarefas para prosseguir com a mesclagem.
Se você clicar em Não, a conexão entre o documento principal e o arquivo de dados será interrompida. O documento principal torna-se um documento padrão do Word. Os campos são substituídos pelas informações exclusivas do primeiro registro.
fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/word/HA010349201046.aspx

NOÇÕES BÁSICAS SOBRE BANCO DE DADOS


Conceito: sistema de banco de dados consiste em um sistema de manutenção de informações por computador que tem por objetivo manter as informações e disponibilizá-las aos seus usuários quando solicitadas.
Sem BD: Arquivos próprios e independentes
Difícil integração
Redundância não controlada
Aumento do custo de manutenção
Com BD: Integração eliminando duplicação
Necessidade de controle de concorrência
Necessidade de independência entre dados e programas
Características do Banco de Dados
Permitir a independência entre dados e programas.
Permitir o controle de redundância de dados.
Garantir a integridade dos dados.
Garantir a privacidade.
Permitir a facilidade de criação de novas aplicações.
Segurança de dados.
Controle automático de relacionamento entre registros.
Otimização da utilização de espaço de armazenamento.

COMPONENTES BÁSICOS DE UM BANCO DE DADOS
Dados
Hardware
Software (SGBD)
Usuários
Sistema Gerenciador de Banco de Dados - SGBD
Coleção de programas e utilitários para organizar, armazenar, atualizar e recuperar dados.
Características:
Integridade / Consistência
Restrições
Segurança / Privacidade
Rotinas de Backup/Restauração
Reorganização
Eficiência
É constituído de três partes:
Estruturas de dados chamadas tabelas;
Regras de Integridade para valores permitidos nas tabelas;
Operadores de manipulação de dados da álgebra relacional.

PRINCIPAIS OBJETOS DE UM SGDB RELACIONAL:
Tabelas
Visões
Índices
Procedimentos

TABELAS
Objeto criado para armazenar os dados fisicamente
Os dados são armazenados em linhas (registros) e colunas (campos)
Os dados de uma tabela normalmente descrevem um assunto tal como clientes, vendas, etc

ÍNDICES
É uma ferramenta usada pelo gerenciador de Banco de Dados para facilitar a busca de linhas dentro de uma tabela.
Pode ser:
Índice Único
Índice criado a partir da chave primária, não permite a inclusão de linhas duplicadas.
Índice de Performance
Facilita a busca de linhas na tabela

FUNÇÕES BÁSICAS DO SGDB
Definição de dados
Manipulação de dados
Restrições de integridade
Exemplos de SGBD:
Comercial:
INTERBASE / FIREBIRD
ORACLE
MS SQL Server
DB2
Software Livre
Firebird
PostreSQL
MySQL

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sistemas Estruturados em Redes de Computadores

As redes de computadores atuais caracterizam-se tanto pela especificidade e variedade das alternativas tecnológicas disponíveis quanto pelos sistemas de comunicação e requisitos necessários em termos de confiabilidade e capacidade dos meios de transmissão.
A implantação de um tipo particular de topologia de rede para dar suporte a um dado conjunto de aplicações não é uma tarefa tão simples. Cada arquitetura possui características que afetam sua adequação a uma aplicação em particular.

Objetivos

Independente do tamanho e do grau de complexidade, o objetivo básico de uma rede de computadores é garantir que todos os recursos de informação sejam compartilhados rapidamente, com segurança e de forma confiável. Para tanto, a rede deve possuir meios de transmissão eficientes, regras básicas (protocolos) e mecanismos capazes de garantir o transporte das informações entre os seus elementos constituintes.
A operacionalização de uma rede de computadores tem como objetivos básicos prover a comunicação confiável entre os vários sistemas de informação, melhorar o fluxo e o acesso às informações, bem como agilizar a tomada de decisões administrativas facilitando a comunicação entre seus usuários.

Arquiteturas modulares

Nenhuma solução para a infra-estrutura de uma rede de computadores pode ser classificada como definitiva quando analisada em um contexto geral. Muitos atributos devem ser cuidadosamente observados o que torna qualquer comparação bastante difícil e complexa. Em muitos casos deve-se dar preferência pelas soluções modulares.
A modularidade de uma rede pode ser caracterizada como sendo o grau de alteração de desempenho e de funcionalidades que esta rede pode experimentar devido a mudanças no seu projeto original. Dentre os benefícios que as arquiteturas modulares oferecem estão as facilidades para modificações das funções lógicas dos elementos de hardware, que permitem sua substituição independente da sua relação com outros elementos.
Além disso, um sistema modular oferece ainda a facilidade para crescimento no que diz respeito às configurações, permitindo melhorias de desempenho e funcionalidade e um baixo custo para ampliações e mudanças de layout.

Considerações para projetos

Um ponto que deve ser observado na implantação de uma rede de computadores é a sua facilidade de uso e manutenção, tanto para os usuários da rede quanto para seus administradores. Esta deve possuir um conjunto básico de componentes e ferramentas capazes de oferecer os serviços necessários com qualidade para seus usuários, mas também facilidades para viabilizar a adição de novos equipamentos e manutenção do sistema como um todo para os seus administradores.
Para facilitar a sua implementação, o projeto de uma rede de computadores pode ser dividido basicamente em duas etapas: o projeto físico e o projeto lógico. O projeto físico refere-se à topologia física da rede propriamente dita, composta pelos meios de comunicação (que podem ser pares metálicos, fibras ópticas, rádio enlaces, etc), pelos dispositivos de rede (placas de rede, switches, hubs, roteadores, etc), pelos próprios computadores e demais elementos constituintes do hardware.
Já o projeto lógico diz respeito à topologia lógica das partes físicas, ou seja, o conjunto de regras que permitem o funcionamento de todo o conjunto do hardware de rede. Assim, o projeto lógico trata do conjunto dos recursos que os usuários vêem quando estão utilizando a rede, tais como espaço em disco rígido, impressoras e aplicativos aos quais um computador tem acesso quando está conectado na rede.

Confiabilidade

Uma rede bem dimensionada é caracterizada pela capacidade de suportar todas as aplicações para as quais foi projetada inicialmente, bem como aquelas que futuramente possam surgir. Não deve ser vulnerável à tecnologia, ou seja, seu projeto deve prever a utilização de novos recursos, sejam novas estações, novos padrões de transmissão, novas tecnologias, etc. A qualidade e eficiência da rede têm relação direta com o seu projeto, com as operações realizadas entre suas estações, com sua confiabilidade e seu custo operacional.
A confiabilidade de uma rede pode ser medida, por exemplo, em termos do tempo decorrido entre falhas que aconteçam durante seu funcionamento e também por sua capacidade de recuperação. Na ocorrência de defeitos, a rede deve ser tolerante a falhas causadas por hardware e/ou software, de forma que tais falhas causem apenas uma alteração momentânea no seu funcionamento.
Para o caso de problemas mais graves, a rede deve possuir dispositivos de redundância que sejam automaticamente acionados tão logo ocorra uma falha ou esta seja detectada. O ideal é que a rede seja capaz de continuar operando mesmo com a presença de falhas, embora com um desempenho menor.

Custo X Desempenho

No projeto de um ambiente de uma rede de computadores, a associação dos diversos dispositivos eletrônicos durante a elaboração do projeto físico compreende a consideração de diversos aspectos importantes como distâncias, escolha do meio, definição de infra-estrutura de dutos, desempenho do sistema, localização das estações, etc, que possuem influência direta no custo final da rede a ser implantada.
O custo de uma rede pode ser dividido entre o custo das estações de processamento (computadores, servidores, etc), o custo das interfaces com o meio de comunicação e o custo do próprio meio de comunicação. Do custo das conexões e interfaces dependerá muito o desempenho que se espera da rede. Redes de baixo a médio desempenho usualmente empregam poucas estações com um baixo througput (a quantidade de dados transmitida em uma unidade de tempo). Com isso, as interfaces e conexões normalmente são de baixo custo devido as suas limitações e aplicações. Redes de alto desempenho (alto througput), requerem interfaces e conexões de custos mais elevados devido em grande parte aos protocolos de comunicação utilizados e ao meio de comunicação que exige uma maior eficiência no controle de erros.

Sistemas de cabeamento estruturado

Uma das finalidades mais simples de uma rede é o compartilhamento de informações entre dois ou mais usuários. Entretanto, podem ser necessários compartilhamentos mais complexos e com grande tráfego de informações e, conseqüentemente, redes com diversos níveis de complexidade.
Ainda é comum a prática de se improvisar sistemas de cabeamento para a interligação dessas redes sem existir um planejamento e estudos prévios. O cabeamento é normalmente instalado ao acaso, sem a observação de técnicas específicas. Nesses casos, um novo ponto de rede deve ser instalado cada vez que se deseja utilizar uma nova aplicação ou quando ocorrem mudanças de layout dentro da edificação.
Um cabeamento de rede realizado sem critérios técnicos poderá até funcionar bem inicialmente. No entanto, uma documentação com poucos detalhes, a utilização de equipamentos e acessórios de procedência duvidosa e implantação executada por pessoal técnico não qualificado sujeitarão a infra-estrutura da rede a problemas freqüentes de difícil localização e solução, criando dificuldades para o gerenciamento e mesmo para expansão futura.

Finalidade do cabeamento estruturado

O conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado surgiu com o objetivo de criar uma padronização do cabeamento dentro de edificações comerciais e residenciais, independente das aplicações. Analogamente ao sistema elétrico de uma residência ou prédio comercial, proporciona ao usuário a utilização de computadores, telefones, câmeras de vídeo, etc. de maneira simples e organizada.
A utilização de sistemas estruturados no projeto de redes de computadores torna possível conectar, em um mesmo ponto de ligação, computadores, sistemas de telefonia e de alarme, sistemas de distribuição de vídeo e TV a cabo, etc. Logo, um sistema estruturado tem como característica básica ser um sistema multimídia capaz de proporcionar acesso aos vários sistemas de comunicação (voz, dados, imagens, sinais de controle) através de um único sistema de cabeamento.


Infra-estrutura de rede

Por definição, um sistema estruturado baseia-se na disposição de uma rede de cabos que suporte qualquer equipamento de telecomunicações (todos os sistemas de sinais de baixa voltagem que conduzam informações dentro dos edifícios, tais como voz, dados, imagem, segurança, etc.) e que possa ser facilmente redirecionada, no sentido de prover um caminho de transmissão entre quaisquer pontos desta rede.
A infra-estrutura para essa rede estruturada representa o conjunto de componentes necessários ao encaminhamento e passagem dos cabos, para aplicações multimídia, em todo os pontos da edificação, assim como os produtos necessários à instalação dos componentes ativos do sistema que compõem uma rede de computadores. Fazem parte dessa classificação materiais como eletrocalhas, eletrodutos, caixas de passagem, gabinetes, suportes de fixação, buchas, parafusos, etc.
Uma rede estruturada elimina a dispersão dos cabos destinados ao transporte dos sinais de dados na área de instalação, não permitindo a mistura com os demais cabos de eletricidade e controle, por exemplo, identificando os cabos e facilitando a manutenção. Dessa forma, garante a flexibilidade e facilidade de manutenção. Com esta solução, é possível eliminar os cabos desnecessários, já que é feito um remanejamento na estrutura da rede.

Opções de cabeamento

Um sistema de cabeamento estruturado integra diversos meios de transmissão (cabos de pares, cabos de fibra óptica, cabos coaxiais, etc) que suportam múltiplas aplicações como voz, vídeo, dados, controle, etc. O conjunto de suas especificações garante a implantação modular com uma capacidade de expansão programada.
O que faz um sistema de cabeamento estar apto para atender as exigências técnicas dos novos padrões de comunicação não é apenas a escolha dos componentes, mas sim quatro níveis de competência: Projeto, escolha dos produtos, instalação e certificação. Os produtos utilizados asseguram a perfeita conectividade para os dispositivos de redes existentes e preparam a infra-estrutura para as tecnologias emergentes. A topologia empregada facilita os diagnósticos e manutenções.
Um sistema de cabeamento estruturado fornece uma plataforma universal, sobre a qual é construída a estratégia de um sistema corporativo/global de informações. Possui uma infra-estrutura flexível, podendo suportar voz, dados, vídeo e sistemas com multimídia. Um projeto pode incluir várias soluções independentes de cabeamento, de diferentes tipos de meios, instalados em cada estação de trabalho, com a finalidade de suportar as exigências de performance dos múltiplos sistemas.

Utilização de fibras ópticas

A opção pela utilização da fibra óptica na instalação de uma rede de computadores em lugar de soluções de cabeamento de par metálico convencional apresenta vantagens significativas devido à capacidade da fibra em permitir o tráfego das informações com velocidades elevadas. Entretanto, cada tipo de fibra óptica tem seus prós e contras no que diz respeito a sua utilização em uma rede de computadores. Por exemplo, a fibra padrão utilizada nas aplicações de redes locais (LAN) é a fibra óptica multimodo de 62,5m m que possui uma largura de banda virtualmente ilimitada para as aplicações nas distâncias envolvidas em redes locais (até aproximadamente 200 metros), sendo suficiente para atender as topologias das redes atuais.
Nos casos de distâncias superiores aos 200 metros, os cabos de fibra óptica monomodo oferecem uma solução mais atraente, pois esse tipo de fibra apresenta uma capacidade maior de largura de banda em relação à fibra multimodo. Essa maior largura de banda da fibra monomodo é uma vantagem importante que deve ser levada em conta no momento de utilizá-la em um novo projeto de uma rede de computadores.
A largura de banda é um fator limitante que representa a medida da capacidade de trafegar informações de um meio físico. Para os cabos de pares trançados de cobre em uso atualmente nas redes locais, a largura de banda depende em grande parte da freqüência na qual se transmite o sinal. À medida que essa freqüência aumenta, menos largura de banda (e maior atenuação) ocorrerá na rede. No caso da fibra óptica, a largura de banda pode ser definida como a quantidade de informações que uma fibra pode transportar sobre uma distância especificada, medida em MHz/Km.
Ao contrário dos cabos de cobre, a fibra óptica não sofre problemas de atenuação por aumento de frequências. Outros fatores afetam a largura de banda na fibra óptica. Por exemplo, um dos fatores principais é a dispersão (ou espalhamento) que o pulso de luz sofre conforme trafega pelo núcleo da fibra óptica. Quanto maior o comprimento do cabo, maior será a dispersão do sinal óptico e, com uma dispersão excessiva, o sinal poderá não ser reconhecido no ponto de recepção.
A evolução das tecnologias de redes é outro fator que deve ser considerado na escolha de um tipo específico de fibra óptica. Com o passar do tempo, novos padrões e protocolos de aplicação são implementados, com velocidades cada vez mais elevadas e várias características como, por exemplo, a largura de banda das fibras ópticas, são fatores importantes que devem ser levados em consideração no projeto de uma rede. Com o uso cada vez maior de sistemas baseados na tecnologia Gigabit, por exemplo, os sistemas necessitam usar cada vez mais uma maior largura de banda.
A melhor solução para um projeto de rede utilizando fibras ópticas irá depender de uma série de fatores, dentre eles os mais significativos que irão determinar a viabilidade futura de um projeto serão o tipo e as características ópticas (largura de banda) da fibra utilizada. Outros fatores que devem ser considerados são os seguintes:

- As distâncias envolvidas na rede;
- Se haverá extensões ópticas na rede;
- Das aplicações de rede atuais;
- Dos protocolos futuros que a rede terá de suportar.

As fibras ópticas podem ser utilizadas no cabeamento backbone ou no cabeamento horizontal, podendo chegar até na interligação dos terminais nas áreas de trabalho. Seu emprego é vantajoso quando fatores como alcance e maiores facilidades na instalação dos cabos (menor volume e peso) são importantes no projeto. Nesses casos, as fibras atendem às necessidades de um maior alcance dos segmentos da rede ou da rede como um todo com maior confiabilidade e permitindo também um melhor desempenho em aplicações com exigência de maior banda passante.

Fatores que Limitam a Flexibilidade do Cabeamento Estruturado

Número de Pontos limitado: Nessa situação normalmente temos que deslocar fisicamente os pontos existentes quando ocorre uma mudança de layout, pois o número de pontos é limitado e normalmente associado ao número de usuários. Normalmente isso ocorre quando a infra-estrutura é insuficiente para passagem de um número de pontos maior, ou a verba destinada ao Sistema de Cabeamento Estruturado foi prevista baseada somente no número e layout inicial dos usuários.
Utilização de Divisórias ou móveis modulares (baias): quando alteramos o layout normalmente as divisórias e móveis são deslocados o que impossibilita o aproveitamento do cabeamento existente visto que o mesmo utiliza o mobiliário e das divisórias como infra-estrutura para passagem de cabos.
Instalações Modulares: Às vezes algumas áreas de determinados andares não estão sendo ocupadas, porém existe uma previsão de ocupação futura. Quando nesses casos forem utilizados móveis modulares ou divisórias como infra-estrutura para o cabeamento a instalação não é possível.

- 2ª Parte

Vantagens da utilização do Sistema de Cabeamento Estruturado
O Sistema de Cabeamento Estruturado surgiu com o objetivo de atender a duas necessidades básicas:

Mudanças de Layout

A maior parte das empresas passam freqüentemente por mudanças de layout durante o decorrer do tempo. Pesquisas do exterior demonstram que cerca de 25% dos funcionários sofrem mudanças de local dentro das empresas no prazo de 1 ano. O Sistema de Cabeamento Estruturado possibilita que esta mudança ocorra de maneira bastante flexível visto que a tomada modular de oito posições (RJ-45) não é proprietária. Assim como podemos ligar um microcomputador, uma televisão ou um forno de microondas em uma tomada elétrica, podemos ligar um telefone ou monitor de CFTV (Circuito Fechado de TV) em um ponto do Sistema de Cabeamento Estruturado.
Existem duas arquiteturas básicas para atender às necessidades de mudanças de lay-out: Método Tradicional e Zone Wiring.
Na arquitetura do Método Tradicional os cabos UTP interligam diretamente os Hardwares de Conexão (Patch Panels ou Blocos 110) localizados no Armário de Telecomunicações ou na Sala de Equipamentos às tomadas localizadas na Área de Trabalho. Esta arquitetura é normalmente a mais utilizada e muito flexível.
Existem outros casos nos quais além dos usuários e seus equipamentos mudarem de local as divisórias e baias também mudam, sendo que nestes casos é mais indicada a utilização da arquitetura Zone Wiring. Nesta arquitetura existe um ponto intermediário (CP - Consolidation Point) entre o Armário de Telecomunicações ou a Sala de Equipamentos e as tomadas localizadas na Área de Trabalho do usuário.

Mudanças de aplicações

Uma conseqüência das mundanças de layout são as mudanças de aplicações, ou seja, quando um usuário muda de local ele leva consigo seus equipamentos de uso tais como: microcomputador, telefone, entre outros. Como mencionado, a tomada modular de oito posições (Registered Jack 45 - RJ-45) é padronizada em normas e permite estas mudanças com bastante facilidade. Entretanto quando nós falamos de tecnologias de Redes Locais o Sistema de Cabeamento Estruturado deve também suportar aplicações de alta performance.

Conclusão

A estruturação das redes de computadores dentro do contexto das telecomunicações é um passo importante para que estas possam responder de forma rápida e eficaz às solicitações cada vez maiores de recursos de comunicação e, dentro dessa realidade, os sistemas estruturados destacam-se como uma solução economicamente viável e tecnicamente eficaz.
A instalação de uma rede de computadores deve envolver a participação do usuário e dos responsáveis pela integração dos sistemas. Normalmente os projetistas de redes são os responsáveis pela elaboração de todo o projeto físico, projeto lógico, pelo fornecimento dos equipamentos e acessórios e pelo seu funcionamento, envolvendo também os distribuidores, fornecedores e demais prestadores de serviços, testes e documentação.
Um projeto de infra-estrutura utilizando cabeamento estruturado irá depender de vários fatores que envolvem desde o padrão de rede adotado, a limitação das distâncias impostas pelos protocolos da rede, a escolha correta do tipo de cabeamento para do tipo de fibra, que irá implicar na escolha dos dispositivos eletrônicos e conectorização e dos resultados financeiros esperados para o investimento.
Embora os custos adicionais de projeto e alguns problemas técnicos ainda dificultem uma maior utilização dos cabos ópticos em comparação com os cabos metálicos convencionais, as fibras ópticas em determinadas aplicações apresentam-se como uma eficiente alternativa de meio de transmissão em redes locais de computadores, tanto que nos últimos anos a fibra tem sido largamente utilizada como parte integrante dos projetos de sistemas de cabeamento estruturado, principalmente na execução dos backbones, onde normalmente são necessárias mídias capazes de permitir a transmissão de sinais em distâncias maiores ou em locais com problemas de interferência eletromagnética (EMI).

fonte: José Mauricio dos Santos Pinheiro - site:http://www.projetoderedes.com.br/